segunda-feira, 26 de março de 2012
Leishmaniose canina, a importância do rastreio
Artigo da autoria de:
Luís Cardoso, DVM MSc PhD DipEVPC
Departamento de Ciências Veterinárias, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro;
Parasite Disease Group, Instituto de Biologia Molecular e Celular, Universidade do Porto;
lcardoso@utad.pt
INTRODUÇÃO
A leishmaniose canina (LCan) é uma doença parasitária causada pelo protozoário Leishmania infantum, que ocorre em mais de 50 países dos continentes europeu, africano, asiático e americano. A infecção dos cães com Leishmania é importante não apenas devido ao seu carácter zoonótico e ao papel do cão como reservatório para os seres humanos, mas muito em particular porque a doença representa um problema médico-veterinário emergente. Enquanto processo infeccioso, a LCan constitui exemplo de uma patologia em que o número de casos de infecção assintomática excede o da doença propriamente dita.
Os cães infectados mas assintomáticos podem encontrar-se em período de incubação, vindo a desenvolver a doença mais cedo ou mais tarde; podem ser imunologicamente resistentes ao desenvolvimento de leishmaniose em termos clínicos; ou podem inclusivamente ter estado afectados pela doença e ter recuperado após tratamento. No entanto, os cães infectados com Leishmania podem, mesmo assintomáticos, ser infecciosos para os vectores – insectos flebotomíneos – e contribuir para a manutenção do ciclo epidemiológico do parasita.
Os cães doentes podem ser alvo de tratamento com diversos fármacos, isoladamente ou em associação, recuperando geralmente em termos clínicos, mas não sendo possível garantir a cura completa dos animais tratados em termos parasitológicos. Com a aplicação nos cães de insecticidas com efeito repelente é possível prevenir a transmissão de Leishmania a partir dos flebótomos infectados [1, 2]. Além disso, foi descrita para uma vacina recentemente introduzida em Portugal elevada eficácia na redução do risco de desenvolvimento de LCan em cães vacinados.
Luís Cardoso, DVM MSc PhD DipEVPC
Departamento de Ciências Veterinárias, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro;
Parasite Disease Group, Instituto de Biologia Molecular e Celular, Universidade do Porto;
lcardoso@utad.pt
INTRODUÇÃO
A leishmaniose canina (LCan) é uma doença parasitária causada pelo protozoário Leishmania infantum, que ocorre em mais de 50 países dos continentes europeu, africano, asiático e americano. A infecção dos cães com Leishmania é importante não apenas devido ao seu carácter zoonótico e ao papel do cão como reservatório para os seres humanos, mas muito em particular porque a doença representa um problema médico-veterinário emergente. Enquanto processo infeccioso, a LCan constitui exemplo de uma patologia em que o número de casos de infecção assintomática excede o da doença propriamente dita.
Os cães infectados mas assintomáticos podem encontrar-se em período de incubação, vindo a desenvolver a doença mais cedo ou mais tarde; podem ser imunologicamente resistentes ao desenvolvimento de leishmaniose em termos clínicos; ou podem inclusivamente ter estado afectados pela doença e ter recuperado após tratamento. No entanto, os cães infectados com Leishmania podem, mesmo assintomáticos, ser infecciosos para os vectores – insectos flebotomíneos – e contribuir para a manutenção do ciclo epidemiológico do parasita.
Os cães doentes podem ser alvo de tratamento com diversos fármacos, isoladamente ou em associação, recuperando geralmente em termos clínicos, mas não sendo possível garantir a cura completa dos animais tratados em termos parasitológicos. Com a aplicação nos cães de insecticidas com efeito repelente é possível prevenir a transmissão de Leishmania a partir dos flebótomos infectados [1, 2]. Além disso, foi descrita para uma vacina recentemente introduzida em Portugal elevada eficácia na redução do risco de desenvolvimento de LCan em cães vacinados.
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