segunda-feira, 26 de março de 2012

Leishmaniose canina, a importância do rastreio - notas finais

A quantificação de anticorpos para Leishmania e a avaliação de parâmetros clinicopatológicos são também úteis ao acompanhamento de cães tratados. Para uma comparação mais fiável dos títulos de anticorpos ao longo do tempo, será conveniente testar as diversas amostras do mesmo animal sob as mesmas condições laboratoriais. A redução de anticorpos específicos em dois ou mais títulos pode ser considerada significativa. Pelo contrário, um aumento considerável do título de anticorpos deve ser interpretado como possível indicador de recaída ou recorrência.
                                
                 
ONLeish e LEISHnet
                  
               
O ONLeish (Observatório Nacional das Leishmanioses – www.onleish.org) foi criado no ano de 2008, por iniciativa de um conjunto de médicos veterinários, médicos e outros investigadores portugueses. Entre os seus objectivos contam-se desenvolver colaboração estreita entre profissionais de saúde, aumentar o conhecimento sobre as leishmanioses animal e humana, e esclarecer e sensibilizar os donos de cães e a população em geral, de modo a que mais efectivamente possam ser postas em prática medidas profilácticas contra a infecção por Leishmania [7]. Além da “Semana da Leishmaniose”, levada a cabo em 2009, o ONLeish criou e mantém em funcionamento uma rede de vigilância epidemiológica da LCan – a LEISHnet – que está a desenvolver uma base de dados sobre casos clínicos de LCan diagnosticados em Portugal. Quando requisitam testes para Leishmania a um laboratório de análises clínicas veterinárias (LACV) associado, os CAMV preenchem uma ficha desenvolvida pela LEISHnet. Os LACV remetem depois essas fichas com os resultados à LEISHnet. O primeiro relatório regular da LEISHnet foi publicado em 2011 [8]. O ONLeish e a LEISHnet contam com o patrocínio da Intervet-Schering-Plough Animal Health®, Portugal.                               
                
                                                            
REFERÊNCIAS
                                                               
                                                            
[1] Cardoso L, 2006. Current knowledge on the parasitology and prevention of canine leishmaniosis. Bayer Pre-Congress Symposium, ESVD/ECVD, Lisboa. Proceedings, p. 6-15.
                              
[2] Cardoso L, 2010. Dogs, arthropod-transmitted pathogens and zoonotic diseases. Trends Parasitol, 26: 61-62.
                                 
[3] Cardoso L, 2008. Epidemiologia local de leishmaniose – Epidemiologia da leishmaniose canina em Portugal. Fórum Ciência Merial, Tomar.
                                
[4] Maia C, Campino L, Marques M, Cristóvão J, Ramada J, Neves R, Cardoso L, Cortes S, 2009. “A semana da leishmaniose” – ONLeish. Resultados preliminares. Acta Parasitol Port, 16: 22-23.
                                
[5] Solano-Gallego L, Koutinas A, Miró G, Cardoso L, Pennisi MG, Ferrer L, Bourdeau P, Oliva G, Baneth G, 2009. Directions for the diagnosis, clinical staging, treatment and prevention of canine leishmaniosis. Vet Parasitol, 165: 1-18.
                            
[6] Solano-Gallego L, Miró G, Koutinas A, Cardoso L, Pennisi MG, Ferrer L, Bourdeau P, Oliva G, Baneth G, 2009. LeishVet guidelines for the practical management of canine leishmaniosis. Parasit Vectors, 4: 86.
                      
[7] Campino L, Cardoso L, Brito MT, Carvalho LM, Afonso MO, Maurício I, Neves R, Maia C, 2009. Observatório Nacional das Leishmanioses – ONLeish em 2009. Acta Parasitol Port, 16: 24-25.
                            
[8] ONLeish, 2011. Primeiro relatório regular da LEISHnet. Vet Med, Janeiro/Fevereiro: 22-26.

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