sexta-feira, 25 de maio de 2012

Diagnóstico de Leishmaniose – Testes ELISA vs IFI

Na altura de escolher o teste para despiste de Leishmaniose, muitos de nós nos perguntamos qual será o melhor método a seleccionar. Actualmente, é possível recorrer a várias técnicas de diagnóstico, cada uma com vantagens e desvantagens. No que toca à escolha entre ELISA e imunofluorescência (IFI), a literatura não é consensual e a IFI foi considerado durante muito tempo como o método “gold, alegando-se vantagens a nível da especificidade e, portanto, na capacidade de gerar menos falsos positivos. Num estudo mais recente em animais experimentalmente infectados, é demonstrado que o ELISA poderá igualar o IFI ao nível da especificidade e ultrapassá-lo ao nível da sensibilidade, sendo portanto capaz de detectar infecções mais precocemente e num maior número de animais. Já o PCR é reservado para estudos de prevalência ou para controlo de tratamentos, quando se visa a eliminação do parasita. 

Resumindo, existe ainda muita variabilidade nos estudos efectuados, tanto nos kits usados como nos métodos “gold” utilizados para os cálculos de sensibilidade e especificidade. Recorrendo à nossa experiência pessoal no uso destas técnicas, os resultados têm sido equiparáveis, não existindo uma vantagem clara de uma técnica sobre a outra, excluindo o facto de o ELISA ser independente do utilizador. Considerando aspectos mais práticos como o preço e o tempo de resposta, no nosso laboratório a IFI tem vantagem por ser uma técnica mais económica e com menor tempo de execução.

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