sexta-feira, 25 de maio de 2012

Despiste de Toxoplasmose em gatos – risco de saúde pública em mulheres gestantes


       
É uma situação relativamente comum: uma cliente grávida, não imune à toxoplasmose, apresenta-se à consulta para saber se os seus gatos constituem ou não um risco para a sua saúde. Coloca-se então a questão: qual a análise a pedir e como interpretar o resultado? Antes de mais, convém referir que não existe nenhum teste serológico que permita prever se um determinado animal vai ou não excretar oocistos nas fezes. Apesar disso, a realização de uma pesquisa de anticorpos policlonais para a Toxoplasmose é indicativa do estado imunitário do animal. Os gatos que testam negativo estão susceptíveis a infecção e libertação de oocistos nas fezes e, portanto, são mais “perigosos” do ponto de vista serológico. Os animais positivos são mais “seguros” uma vez que a probabilidade de re-excreção em animais imunizados é muito baixa. Paralelamente ao exame sorológico, poder-se-á realizar um exame parasitológico para verificar se existe libertação de oocistos no momento da análise. Em caso positivo, o animal deverá ser colocado em quarentena por um período de 1 a 3 semanas.

Convém sublinhar que grande parte dos casos de toxoplasmose humana se devem devido ingestão de carne mal cozinhada, vegetais mal lavados ou água contaminada pelo que deverão ser tomadas medidas de prevenção higio-sanitárias nesse sentido e não apenas focalizados nos gatos. Ainda de referir que os oocistos demoram 1 a 5 dias a adquirir potencial infectivo, pelo que a eliminação diária das fezes dos gatos por indivíduos imunocompetentes, não gestantes, elimina do ambiente o estadio infectante do parasita.

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