terça-feira, 21 de julho de 2020

Imunocitoquímica de linfomas em lâminas de citologia – uma técnica em expansão


População de células linfóides Anticorpos anti-CD20 Categorização de antibióticos Figura 1. Linfoma de grandes células B difuso em cão. Punção por agulha fina de gânglio linfático pré-escapular aumentado. A - População de células linfóides médias a grandes e abundantes corpos linfoglandulares; e raros linfócitos pequenos. Diff-Quik, 400x. B - Anticorpos anti-CD20. Positividade maioritária em células linfóides neoplásicas (400x). C - Anticorpos anti-CD3. Positividade minoritária em células linfóides não neoplásicas (400x).
Artigo da autoria de:
Filipe Sampaio, DVM, MSc
Laboratório Veterinário INNO
filipesampaio@inno.pt


O exame citológico é um método rápido, fácil e económico que permite um diagnóstico confiável de linfoma em Medicina Veterinária [1]. A classificação de linfoma inclui um protocolo estruturado que engloba classificações histológicas, imunofenotípicas e moleculares que determinam diferentes prognósticos e esquemas terapêuticos [2-4]. Porém, para as realizações destes exames, os animais são muitas vezes sujeitos a intervenções médicas que envolvem custos adicionais.

Atualmente, o desenvolvimento e a aplicação de técnicas de imunofenotipagem em preparações citológicas submetidas aos nossos laboratórios, com ou sem coloração prévia, permitem obter informação sobre o fenótipo celular de uma forma simples e prática. Desta maneira, evita-se repetir procedimentos muitas vezes invasivos e dispendiosos, frequentemente associados a um considerável risco anestésico e que são morosos para os médicos veterinários.

A combinação de citologia com imunocitoquímica (ICQ) é um procedimento que já se provou eficaz na caraterização fenotípica das neoplasias linfoproliferativas [1, 3, 5, 6]. A ICQ é uma técnica usada para identificar microscopicamente antigénios em material citológico [5]. A classificação das células linfóides é feita recorrendo a anticorpos específicos, mono ou policlonais, identificando o fenótipo celular: B ou T.

A determinação do fenótipo B ou T, conjuntamente com a avaliação citológica das células linfóides, constitui uma importante ferramenta não só na classificação, mas também no prognóstico de linfomas [2, 5, 6].

Para mais esclarecimentos técnicos, contacte o nosso laboratório.


Bibliografia consultada:

1 - Caniatti, M., et al., Canine lymphoma: immunocytochemical analysis of fine-needle aspiration biopsy. Vet Pathol, 1996. 33(2): p. 204-12. 
 2 - Ponce, F., et al., A morphological study of 608 cases of canine malignant lymphoma in France with a focus on comparative similarities between canine and human lymphoma morphology. Vet Pathol, 2010. 47(3): p. 414-33. 
 3 - Sapierzynski, R., Practical aspects of immunocytochemistry in canine lymphomas. Pol J Vet Sci, 2010. 13(4): p. 661-8. 
 4 - Valli, V.E., et al., Classification of canine malignant lymphomas according to the World Health Organization criteria. Vet Pathol, 2011. 48(1): p. 198-211. 
 5 - Priest, H.L., et al., The use, publication and future directions of immunocytochemistry in veterinary medicine: a consensus of the Oncology-Pathology Working Group. Vet Comp Oncol, 2017. 15(3): p. 868-880. 
 6 - Raskin, R.E., et al., Optimized immunocytochemistry using leukocyte and tissue markers on Romanowsky-stained slides from dogs and cats. Vet Clin Pathol, 2019. 48 Suppl 1: p. 88-97.

0 comentários:

Enviar um comentário

 

© 2011 Inno

Inno - Serviços Especializados
em Veterinária, Lda.
Rua Cândido de Sousa, 15
4710-503 Braga - Portugal

Tel (+351) 253 615 020
Telemóvel (+351) 93 868 72 72
Fax (+351) 253 6251 112
Email geral@inno.pt